Em Colossenses 1.3,9, Paulo recebeu informações sobre os irmãos em Colossos e orou. Para ele, a oração era prática cotidiana, entranhada na existência, como o pensar e o respirar.
Dizem que, com Charles Spurgeon, também era assim. Ele foi passear no campo com um colega pastor. Ambos andaram durante horas, conversando sobre as bênçãos e, em certo ponto do diálogo, Spurgeon interrompeu o amigo com essas palavras: “Deus está nos dando momentos tão agradáveis. Vamos agradecer isso a ele, agora mesmo?”. Destarte, a vida cristã pode ser descrita como uma “sede” e uma “fonte” (Sl 42-2; 55.17). Tudo se resume em dependência; a oração nos apresenta à suficiência de Deus (2Co 2.16). Nós florescemos e frutificamos regados pelo “orvalho de Sião”, nutridos e fortalecidos na oração.
Além disso, o cristão ora em favor de outras pessoas. A expressão “por vós” (Cl 1.3,9) define o foco da verdadeira oração, que aponta para Deus e para os outros. O “eu” vem em terceiro lugar. Paulo fala aos irmãos em nome de Deus e serve aos irmãos
com os recursos de Deus, através da oração.
No início da Idade Média, Alexandre de Hales (1185-1245) escreveu o tratado Summa Halensis, afirmando que “teologia não é ciência, é sabedoria, porque se situa em outro plano, o plano do amor”. Tal ensinamento remonta a Evagrio Pôntico, um teólogo do século 4, que dizia que “só é teólogo quem ora, quem não ora de verdade não é teólogo”. Nesta celebração (diferente) de nossos 84 anos, somos todos convidados a cultivar nossa comunhão com Deus e a interceder pelos irmãos.
Pr. Misael.