“Adoração é a atividade baseada nas excelências inexauríveis do Deus eterno, e às necessidades infindáveis da humanidade mortal. É o relacionamento entre Deus e os homens, uma contínua relação de autorrevelação e reação correspondente. É a atividade normal — o relacionamento normal — da vida cristã e é expressa em conversa com Deus, a doação completa do ser a Deus e a transformação do adorador à semelhança de Deus, em toda a sua pessoa: corpo, mente, emoções e vontade.” Donald Hustad.
A adoração é a essência ou centro da vida cristã. Mais do que um evento isolado, abarca tudo o que somos, possuímos e fazemos. É a finalidade ou propósito principal de nossa existência. Fomos criados para cultuar ao Deus vivo, e isso de tal forma que, desviados deste objetivo, definhamos. Como orou Agostinho:
“Grande és tu, Senhor, e sumamente louvável: grande a tua força, e a tua sabedoria não tem limite”. E quer louvar-te o homem, esta parcela de tua criação; o homem carregado com sua condição mortal, carregado com o testemunho de seu pecado e com o testemunho de que resiste aos soberbos; e, mesmo assim, quer louvar-te o homem, esta parcela de tua criação. Tu o incitas para que sinta prazer em louvar-te; fizeste-nos para ti, e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em ti. Confissões, I.I.
O Breve Catecismo ensina a mesma verdade utilizando outros termos: “Qual é o fim principal do homem? O fim principal do homem é glorificar a Deus e alegrar-se nele para sempre”.
Porque a adoração é central, dedicamos tempo para compreendê-la. Queremos cultuar de modo agradável a Deus. Cultuar porque o conhecemos e conhecê-lo enquanto o cultuamos.
Quero te ver como tu és, não como imagino, mas como tu és
Quero ouvir tua palavra, não como imagino, mas o que ela diz
Meu amor, meu amor! Imagino (Palavrantiga).
A adoração é melhor compreendida no contexto dos pactos da criação e redenção. Os termos berîth (AT) e diathēkē (NT) transmitem os sentidos de pacto, aliança ou testamento. Na Escritura Sagrada, toda relação de amor é explicada em termos de aliança. Alguém ama e é correspondido; a resposta do amor é sua declaração em palavras e atos (Salmos 18.1; 26.8; 116.1; cf. 91.14).
Quais são os atos do amor? Autodoação e cultivo cuidadoso da relação — o que chamamos de devoção. Sob este prisma, não é sem razão que o vínculo do casamento é usado como analogia para a comunhão entre o Senhor e a igreja (Isaías 54.5; Jeremias 3.1, 20; Oseias 2.16-23; Efésios 5.31-32). Sendo assim, quem ama ao Senhor sente prazer no culto. O coração inclinado à adoração é uma das evidências da verdadeira conversão.
Rev. Misael, adaptado da apostila Adoração Bíblica, do CTP.
Publicado no Boletim 150, de 11/11/2012. Você quer conhecer mais sobre o curso Adoração Bíblica do CTP?
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