Sempre me chamou a atenção o comportamento de Paulo e Silas narrado em Atos 16.19-26. Após libertar uma jovem possessa, eles foram hostilizados por uma multidão e as autoridades lhes rasgaram as roupas, os açoitaram, os conduziram ao cárcere e os amarraram ao tronco. Mesmo assim, humilhados e machucados, por volta da meia-noite, oravam cantando a Deus louvores.
Como isso seria possível? Como manter serenidade em meio ao sofrimento? Jesus nos responde:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.
Jo 14.27
A mulher de Jó queria viver uma vida sem problemas, sem enfermidades, quiçá sem morte, daí gritar com o mundo diante da dor (Jó 2.9). Jó, porém, entendeu que a paz de Deus não significa ausência de sofrimento (Jó 2.10).
O mundo só conhece a paz circunstancial, mas a paz que Jesus dá flui da união do Espírito de Cristo com o discípulo (Jo 14.16-18). É interior e não circunstancial. Excede todo o entendimento e se mostra forte justamente no meio da dor, do choro e da enfermidade (Fp 4.7). Quando falta a fé, o Espírito Santo consola o crente, fortalecendo-o para superar os obstáculos (2 Co 12.9-10). Essa paz supera qualquer circunstância adversa.
O cristão testemunha a um mundo incrédulo, que a sua esperança não está no que essa vida pode ofertar, com a convicção de que combateu o bom combate do evangelho (1 Co 15.19; 2Tm 4.7-8).
Se você está sofrendo nestes dias, mas ama a vinda de Cristo, porque pertence a ele, aguente firme: a coroa da justiça de Cristo está te esperando!
Rogério Cruz.