O homem é um ser emocional-espiritual decaído. Daí sua fluidez e instabilidade. A experiência do profeta Elias, em 1Reis 18 e 19, exemplifica isso.
Primeiro, Elias experimenta grande realização, vencendo a disputa com os profetas de Baal — uma batalha que certamente demandou grande fé e energia emocional (1Rs 18.20-46). Elias demonstrou ousadia indômita e sua vitória foi tremenda.
Então, seguiu-se a ameaça da rainha Jezabel, que jurou o profeta de morte (1Rs 19.1-2). Elias fugiu e foi tomado por abatimento profundo, ao ponto de querer morrer (1Rs 19.3-4). Dias depois, quase engolido pelo abismo, ele se sentiu desmotivado e sozinho (1Rs 19.10,14).
Deus o ajudou, primeiro, alimentando-o (1Rs 19.5-8). Depois, confortando-o com sua Palavra (1Rs 19.9). Deus também o ouviu, animou e lhe deu nova incumbência (1Rs 19.15-18). Por fim, mostrou que ele não estava sozinho (1Rs 19.18).
O Cristianismo não propõe heroísmo ufanista, mas vivência de alegria e de tristeza, dor e saúde, força e debilidade, e isso de maneira plena, diante de Deus e dos homens. Dizem por aí que sentir fraquezas não é cristão, mas o poeta nos ajuda a entender a realidade da vida com Deus:
Eu sou fraco e sem vigor, sê Jesus meu Salvador.
Nós não estamos sozinhos em nossas lutas, nem deixamos de ser crentes por experimentar oscilações. Peçamos a ajuda de Deus que está próximo, pronto a ouvir, falar e abençoar.
Pr. Misael.