A religião de algumas pessoas pode limitar-se ao coração, a de outras, as reuniões de seus adeptos, porém, a religião crente é um assunto interior do coração e também exterior e perceptível.
Primeiramente a confissão do crente em Jesus tem seu aspecto privado, ou seja íntimo, do coração, onde só Deus vê. Foi o que disse o diácono Filipe ao Eunuco: “se crês de todo o coração” (At 8:37). Também em Atos 11:21, falando dos crentes dispersos que foram a Antioquia, anunciaram o evangelho a alguns gregos resultando em que “muitos crendo, se converteram ao Senhor”. Foi também o que disse o apóstolo Paulo ao carcereiro de Filipos: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (At 16:31) e em Romanos 10:9: se “em teu coração creres… serás salvo”.
Mas a confissão em Jesus de todo coração, deve também ser acompanhada da confissão verbalizada por lábios. Em Romanos 10:9 Paulo diz: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor […]”. Confessar o nome de Jesus diante dos homens é uma exigência para todos que se declaram cristãos. A palavra “confessar” nos ajuda a entender porque isso é necessário. Significa que todos nós dizemos a verdade acerca de Jesus. Que contamos fielmente aos outros que ele veio, como o Cordeiro de Deus para salvar os pecadores. Que reconhecemos e declaramos sem titubear, publicamente, que Jesus Cristo é o Filho de Deus que se fez homem e morreu na cruz pelos nossos pecados, sendo ele o nosso único e suficiente Salvador.
Por fim, a confissão do crente, que começa no coração, e é proclamada em palavras, é também, uma confissão de vida. Pois Jesus afirmou: “Todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus” (Mt 10:32). Esta confissão é ambulante, a comissão de que é uma “nova criatura” é comportamental, ou seja, ela se manifesta pela forma de viver da pessoa. Neste aspecto disse Jesus: “brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso pai que está nos céus” (Mt 5:16).
Rev. Gilberto