A pessoa que tem vida eterna ama fazer a vontade de Deus. Essa é a consequência lógica. A pessoa que ama está ansiosa por agradar o objeto de seu amor. Não há melhor prova de amor que esta: se você não quer agradar alguém a quem diz amar, eu lhe garanto que você não ama essa pessoa. O amor sempre deseja agradar e se entregar pelo outro, e quem quer amar a Deus desejará fazer a vontade de Deus.
Se observarmos Cristo, veremos que em sua vida inteira, seu único objetivo era fazer a vontade do Pai. Não importa qual fosse; no Jardim de Getsêmani, quando enfrentava a única coisa que não queria fazer, mesmo assim ele disse “não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lc 22.42).
Ele disse: “Não quero beber desse cálice, mas se é para cumprir a tua vontade, eu o farei” Isso é amor no mais alto grau, e é verdadeiro para todos que possuem sua vida. O fim principal de todo verdadeiro cristão é a glória de Deus, portanto, o cristão gasta seu tempo buscando conhecer a vontade de Deus e cumpri-la.
Luta por cumpri-la e ama realizá-la. O cristão é controlado por essa única ideia. Tendo aprendido o que Deus fez por ele e quem Deus é para ele, tendo reconhecido algo desse amor de Deus, ele diz: “Amor tão maravilhoso, tão divino, exige minha alma, minha vida, meu tudo”. Portanto, qualquer homem que tenha vida eterna tem como objetivo supremo e desejo de vida cumprir a vontade de Deus.
A manifestação máxima de termos vida eterna é que ela produz alguns resultados em nossa vida. Felizmente, todos estão descritos em um breve resumo em Gálatas 5.22-23, onde o apóstolo Paulo fala sobre o fruto do Espírito. Esses versículos são acertadamente chamados “a mais curta biografia de Cristo já escrita”.
Martyn Lloyd Jones, Caminhar com Deus