Caos é desordem e confusão. Politicamente falando, trata-se de ausência de governo. Em uma empresa, significa desorientação estratégica. Em um quarto de adolescente, bem, quem tem filhos nessa idade sabe do que eu estou falando :-).
No Universo, o caos às vezes decorre do pecado ou da ação de Satanás. O ser humano tem facilidade para arranjar encrenca e o diabo tira proveito dessa brecha para semear a desordem. Em Gênesis 1.3—2.3, Deus é tanto criador quanto organizador. Como administrar o caos?
Primeiramente, fazendo separações (Gn 1.7,14). Temos de dividir os problemas em partes, verificando que todos eles se encaixarão em uma de duas categorias: os que podemos e os que não podemos resolver. Em seguida, é hora de começar a solucionar os da primeira categoria, abrindo espaço para a sensação de que a ordem começa a inserir-se no caos.
O passo seguinte é entregar os problemas insolúveis a Deus. O que não se pode resolver, não se pode resolver. O Senhor orienta a que lancemos sobre ele nossas ansiedades, certos de que “ele cuida de nós” (Mt 6.25-34; Lc 12.22-34; Fp 4.4-7).
Isso nos leva a uma conclusão: o caos é permitido por Deus para acentuar nossa dependência. Aprendemos que não somos senhores soberanos sobre todos os detalhes de nossas vidas. Podemos organizar certas coisas; outras necessitam da palavra criadora de Deus e, entendamos bem, há certas manifestações de caos que não serão harmonizadas ou resolvidas nesta vida, fazendo parte daquilo que aguarda a consumação da história (Ap 21.3-4).
Pr. Misael.