A Bíblia, livro inspirado por Deus, apresenta uma extensa lista de princípios orientadores para uma vida sábia, sobretudo norteadores para um caminho mais seguro e pleno. Uma instrução frequente está ligada ao cuidado com as palavras e o falar, assim o livro de Provérbios apresenta um vasto conjunto de benefícios para os que procedem com tal cuidado.
Além disso, exibe de maneira direta os sérios prejuízos para os que não se atentam à gravidade de refrear a língua. Deste modo, pode ser profundamente edificado aquele que não apenas é informado do seu conteúdo, mas que dela é nutrido de maneira prática.
Logo, podemos destacar que “no muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente” (Pv 10.19). E mais: “O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruina” (Pv 13.3), expondo o prejuízo que acompanha a conduta do tagarela. Permanecer em silêncio, em muitas situações, demonstra sabedoria: “Quem retém as palavras possui o conhecimento, e o sereno de espírito é homem de inteligência. Até o estulto, quando se cala, é tido por sábio, e o que cerra os lábios, por sábio.” (Pv 17.27-28). Reafirma também que falar adequadamente traz grande recompensa:
“A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.” (Pv 18.21).
Sendo assim, como crentes em Cristo, família e seguidores de Jesus, consideremos ao que se resume na carta de Tiago, irmão do Senhor. Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua espiritualidade não tem valor real algum (Tg 3.1-18). Em outras palavras, espiritualidade não deve ser desconectada da conduta verbal.
Que Deus nos ajude a crescer cada dia em santidade dos lábios e palavras, dirigidos pelo Santo Espírito no testemunho consistente de sua graça.
Licenciado Robson