Querido leitor, temos muito a aprender com a “filosofia da minhoca no anzol”. Tiago ilustra isso ao nos ensinar que Deus não pode tentar ninguém (dizer que o soberano Deus usa as tentações para santificar o caráter de seus filhos é diferente de dizer que ele os tenta para o pecado), mas sim que somos tentados por nossa própria cobiça que nos atrai e seduz.
Atrai como um caçador armando uma armadilha para sua presa, e seduz como a isca no anzol buscando convencer o peixinho de que aquilo que ele vê é algo bom de se comer, e da mesma forma como não é possível que o peixe desfrute de sua refeição sem ser morto, ceder à tentação significa pecar e morrer (Tg 1.13-15).
É sábio diante das tentações não culpar Deus por elas, mas assumir a responsabilidade pelos resultados amargos que você experimentar por não ter resistido a elas em razão da falta de discernimento espiritual ao ser tentado, trocando a sabedoria da cruz que Deus te daria se você pedisse a ele em oração pela doce ilusão do desfrute da minhoca no anzol (Tg 1.5).
Perceba que a tentação nasce dentro de nós. É aquele desejo pelo proibido por Deus em sua Palavra. É preciso vigilância quanto a isso. Certo dia, Jesus foi repreendido pelos judeus por que sentou-se à mesa sem lavar as mãos, e ele respondeu dizendo que o que contamina o homem não é o que entra nele, mas o que sai do coração, porque do coração, disse Jesus:
[…] procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina (Mt 15.19-20).
Amado leitor, não seja uma presa fácil dos desejos que brotam em teu coração, mas os julgue e se não aprovados por Deus, rejeite-os para que você não termine os teus dias como aquele pobre peixinho fisgado e morto em um anzol.
Rogério Cruz – (candidato ao ministério)