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Introdução
Seja bem-vindo aos estudos sobre o que Jesus ordenou! Este material fornece uma visão panorâmica do Pentateuco de Mateus (os cinco discursos de Jesus Cristo no Primeiro Evangelho), bem como do discurso inicial, o sermão do monte, registrado em Mateus 5.1—7.29.
Identidades e propósitos do cristão e da igreja
Estes estudos ajudam o cristão a compreender sua identidade fundamental, como discípulo de Jesus Cristo. Também auxiliam a igreja a se ver, antes de tudo, como comunidade de Jesus. Espera-se que, à luz desta compreensão, o cristão e a igreja trilhem o Caminho aberto e mapeado por Jesus, como agentes históricos do reino de Deus.
Isso pode parecer simples, mas não é.
Nosso senso de identidade, individual e religiosa, é afetado pelas interações com nossa família, amigos e sociedade, o que inclui a igreja. Esta última, aliás, apesar de originada em Deus, também tem sua identidade influenciada pela cultura circundante.
Jesus Cristo é Senhor e rei. Ele inaugurou o reino de Deus, que possui ordenanças próprias, muito diferentes das do mundo. O risco que se corre é de tanto o cristão quanto a igreja se identificarem mais com as ideias e práticas do mundo, do que com as ordenanças de Jesus, dadas para concretização histórica do reino de Deus.
Neste tempo de popularização do evangelicalismo, não é incomum nos apresentarmos como “evangélicos”, “protestantes” ou “reformados”. Poderíamos argumentar que melhor seria sermos conhecidos simplesmente como “cristãos”, mas o que significa a palavra “cristão”? O termo aparece pela primeira vez em Atos 11.25-26:
E partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo; tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.
No contexto do livro de Atos, a designação recai sobre “os discípulos” de Jesus, destacados por seu testemunho aos gentios, na cidade de Antioquia da Síria (cf. At 11.19-22). Nesses termos, o vocábulo “discípulo” precede o vocábulo “cristão”, evocando a Grande Comissão de Jesus, registrada em Mateus 28.18-20:
Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
Vejamos que o discípulo é uma pessoa que vive sob a autoridade de Jesus (Mt 28.18), inserida pelo batismo numa comunidade cristã (Mt 28.19). Discípulo é quem aprende e guarda o que Jesus ordenou (Mt 28.20). Aquele que se reconhece como súdito do rei Jesus, cidadão do reino de Jesus e membro de uma comunidade escatológica, que antevê a “consumação do século” (Mt 28.20).
A igreja é, por conseguinte, comunidade de Jesus e do reino de Jesus.
Uma introdução ao que Jesus ordenou
Abordamos alguns ensinos expressos diretamente por Jesus, registrados no Evangelho de Mateus. Neste Evangelho, as principais ordens de Jesus são organizadas em cinco discursos, como segue:
- O sermão do monte (Mt 5—7).
- A missão apostólica (Mt 10).
- Como o reino vem (Mt 13).
- O discipulado na igreja (Mt 18).
- Os falsos mestres e o fim (Mt 23—25).
Se a igreja atentasse mais para a palavra de Jesus, no sermão do monte, ela estaria isenta de muitas falhas que lhe são historicamente atribuídas. Se levássemos o segundo discurso de Jesus mais a sério, muito do que é popularizado como “métodos para alavancar o crescimento de igrejas” não existiria. Se déssemos mais valor ao terceiro discurso de Jesus, muitas ideias que conduzem a divisões da igreja, não teriam ambiente para germinar e progredir. Se praticássemos o quarto discurso, a igreja seria mais coerente com o padrão do evangelho. E se ouvíssemos a voz de Jesus no quinto discurso, não seriam abertas tantas igrejas ditas evangélicas no Brasil, todo mês.
Como dissemos, este conteúdo explica o primeiro discurso — o sermão do monte —, considerando que o Evangelho de Mateus se distingue dos demais, como registro primordialmente judaico das boas-novas de Jesus Cristo.
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