O ensino sempre esteve presente na igreja em obediência à instrução de Jesus (At 20.20; 1Tm 4.13; Mt 28.20). Na Idade Média foram estabelecidas escolas nas pequenas cidades e nas maiores, surgiram as primeiras Universidades.
Com a Reforma Protestante do século 16, a ênfase no ensino bíblico ocupou o espaço doméstico de maneira regular. Philip Melanchton recomendou que um dia da semana fosse separado para o ensino religioso. Iniciativas semelhantes floresceram entre os Morávios protestantes e os Jesuítas católicos. Na mesma trilha, Calvino entendia que os pastores deveriam ser mestres e que os professores deveriam ter coração pastoral.
No século seguinte, Richard Baxter impulsionou o ensino, influenciando o ministério de George Whitefield. Porém, historicamente a criação da Escola Dominical (ED) se deu em 1780, por meio do anglicano Robert Raikes, na Inglaterra, com o propósito de retirar crianças pobres das ruas de Gloucester aos domingos, único dia da semana em que não trabalhavam. Raikes foi movido por preocupação espiritual e social e sua iniciativa fez diminuirem as ocorrências de violência e outras importunações.
A ED nos Estados Unidos foi abraçada pela Primeira Igreja Presbiteriana de Princeton, que em 1831 construiu um edifício para acolhê-la. Aqui no Brasil, depois do insucesso do metodista Rev. Spaulding e do casal congregacional, Robert e Sarah Kalley, Ashbel Green Simonton, pioneiro do presbiterianismo, dedicou-se ao ideal de Princeton. Seu diário menciona a Escola Dominical em solo brasileiro, já nas primeiras ações implementadas.
Por tudo isso, celebremos o Dia da Escola Dominical com a alegria e gratidão a Deus!
Licenciado Robson
1 [Nota do Rev. Misael]: Por esta razão, na IPB, que abraça a doutrina da graça comum, até pouco tempo, esta escola não era chamada de EBD (Escola Bíblica Dominical, com fazem os batistas) e sim, ED, uma escola que funciona no Domingo, pois podiam ser lecionados conteúdos não necessariamente religiosos, como alfabetização ou reforço escolar.