A fé cristã nos convida a sermos firmes, calmos e flexíveis. A firmeza diz respeito às crenças bíblicas que abraçamos. Elas são o alicerce de verdade que o Espírito Santo ilumina e aplica em nossos corações, à medida que lemos, estudamos, meditamos, ouvimos, praticamos e compartilhamos a Palavra de Deus. Tal alicerce é o início de uma edificação, acima de tudo, uma verdade de amor que nos liga uns aos outros e ao Redentor (Jo 14.21; 1Tm 1.5). Dela não arredamos o pé; Deus é a nossa rocha. Nele estamos firmes.
A calma é a aplicação prática do ensino bíblico sobre a providência: “Deus domina sobre tudo” (1Cr 29.12), nada foge ao seu plano sábio e bondoso. Se assim é, não temos porque nos desesperar, desnortear ou enfurecer. A ansiedade pode e deve ser colocada aos pés de nosso Supremo Pastor (Fp 4.4-7). Não há razão para o ativismo insano. Aprendamos a esperar pela bênção de Deus, no tempo dele, e isso calma e alegremente.
A flexibilidade é a capacidade de adaptar, criar, reinventar e adequar-se ao inesperado (Ap 21.5). Nós nos esforçamos para fazer as coisas para Deus com “ordem e decência” (1Co 14.40). Buscamos oferecer-lhe sempre o melhor, certos de que ele deve ser glorificado em tudo. Por outro lado, somos um organismo imperfeito e dinâmico, que lida com imprevistos (At 6.1-7). Nesses termos, Deus pode ser honrado até com a incompetência: Diante do ato falho de um irmão, ou de um processo administrativo inadequado, é possível reagir como cristãos (segundo o modelo de Cristo), no poder do Espírito Santo e na dependência de nosso Pai Celestial.
É assim que deve ser. Firmeza, calma e flexibilidade são itens do divino treinamento em doçura de ovelha do rebanho de Deus.
Pr. Misael. Publicado no Boletim 244 | 31 de agosto de 2014.