O cristão deve se interessar pela ética, uma vez que Deus deseja que seu povo dê bom testemunho (Mt 5.16). A ética não é uma ciência distanciada da realidade; de acordo com Valls, “chamamos de ética a própria vida, quando conforme aos costumescorretos”.¹
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Possuímos uma moralidade, base de nosso conceito de justiça. Ademais, ética tem a ver com maturidade — madura é a pessoa capaz de refletir sobre o mundo aferindo valores, emitindo juízos e agindo em consonância com sua consciência sóbria. Daniel Goleman afirma que os preceitos legais e morais são esforços humanos no sentido de “conter, subjugar e domesticar a vida emocional”² e a ausência de limites gera desastre.
As notícias de todo dia nos chegam pejadas de informações sobre a desintegração da civilidade e da segurança, uma onda de impulso mesquinho que corre desenfreada. […] Ninguém está protegido dessa instável maré de descontrole e arrependimento, que alcança nossas vidas de uma maneira ou de outra.³
O cristão não abre mão do viver sábio e opta inteligentemente pela retidão: Escolhi o caminho da fidelidade e decidi-me pelos teus juízos (Sl 119.30). Ouvi, filhos, a instrução do pai e estai atentos para conhecerdes o entendimento; porque vos dou boa doutrina; não deixeis o meu ensino (Pv 4.1-2). Que Deus nos ajude, para que nossa vida reflita a ética do reino de nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 5.6,10,20).
Pr. Misael.
1 VALLS, Álvaro L. M. O que é ética. São Paulo: Brasiliense, 1996, p. 7.
2 GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: A teoria revolucionária que redefine o
que é ser inteligente. Ed. 10º aniversário. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 19.
3 GOLEMAN, op. cit., p. 10.