Na semana passada, iniciamos uma nova série de mensagens bíblicas, intitulada O Senhor rugirá de Sião: Exposição de Amós. Nesta série nós somos apresentados ao texto de um dos mais antigos profetas escritores do Antigo Testamento. Deus levantou Amós como profeta para o Reino do Norte (Israel), no 8º séc. a.C., a fim de anunciar o juízo divino sobre as nações e, ao mesmo tempo, convocar o povo da aliança ao arrependimento.
Nos oráculos de Amós, Deus se revela contrário às injustiças pessoais, sociais e internacionais. Ele tem algo a dizer às nações que cometem crimes de guerra ou contra a humanidade, bem como se interessa pelo modo como são tratadas as pessoas mais frágeis de uma comunidade local.
Além disso, Amós traz uma palavra de confrontação aos cristãos evangélicos não praticantes. Concordo com o Rev. Augustus Nicodemus, quando afirma que há: […] muita similaridade da situação do Reino do Norte com o cristianismo nominal de nossos tempos, ao redor do mundo e, especificamente, no contexto brasileiro. Há algumas décadas os ex-evangélicos e desigrejados eram raros por aqui, mas com o avanço em nosso país das igrejas que se afirmam evangélicas vemos o sincretismo e o nominalismo crescente.¹
Somente a intervenção de Deus resolverá tais problemas. Por isso, o livro de Amós termina com a promessa da instalação do reino eterno de Jesus Cristo. O estado atual das coisas, marcado por truculência, descaso com o próximo e maldade fortuita terá fim. Os que se identificam como religiosos, mas agem contrários à aliança divina, estão com os dias contados. Deus rugirá de Sião e varrerá a injustiça da História. O reino messiânico está chegando!
Pr. Misael.
1) LOPES, Augustus Nicodemus. Um chamado à justiça e retidão: A mensagem de
Amós para a igreja de hoje. São Paulo: Vida Nova, 2021, posição 88-89 de 5275.
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