Neste mês meditamos em diversos aspectos da profecia de Isaías 9.1-7, destacando o v. 6:
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Aprendemos que nosso Senhor Jesus é cem por cento homem e cem por cento Deus; ele é Rei e, ao mesmo tempo, Sabedoria. Ele é Eterno e fonte única e suficiente de plenitude e bem-estar.
Nosso Senhor nos coloca em um reino prático. O Cristianismo não é religião meramente contemplativa, muito menos filosofia. É claro que há um conjunto de verdades reveladas – a sã doutrina. No entanto, tais ensinos produzem mudança no pensar, no sentir e no agir. A comunhão com o Redentor dá nova direção à vida. Regidos por Deus, somos alinhados aos seus padrões de “juízo e justiça” (Isaías 9.7), ou como afirma um estudioso:
É verdade que o evangelho ensina que conhecer a Deus é vida eterna. […] A ideia bíblica e semítica [de conhecer] é a de ter a realidade de alguma coisa interligada com a experiência íntima de vida. Portanto, “conhecer” pode significar “amar”, “separar em amor” no idioma bíblico. [Geerhardus Vos. Teologia Bíblica: Antigo e Novo Testamentos. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 19-20.]
É assim que interpretamos o Natal: Deus tornou-se como nós (com exceção do pecado) para que, salvos por graça, nos tornemos semelhantes a ele, e isso não por um processo de divinização e sim, santificação (1João 3.2-6). O Natal evoca a obra da Trindade: Pai, Filho e Espírito agindo para nosso bem, nos termos da aliança.
Porque isso é assim, respondemos a Deus com louvor sincero e a ele nos consagramos, não apenas neste, mas em todos os natais.
Rev. Misael. Publicado no Boletim 104, de 25/12/2011.