De acordo com Êxodo 12.1-28, o sangue de um cordeiro sem defeito deveria ser passado nas vergas das portas possibilitando salvação da escravidão de um povo, o que apontava para obra de Cristo.
Assim a obra da salvação na pessoa de Jesus é uma ênfase central das Escrituras. Fatos históricos são relatados de modo complementares com características e estilo de cada autor apresentando Jesus como o Filho de Deus que morreu e ressuscitou por nossos pecados. Exemplo disso encontramos na carta aos Gálatas em que o apóstolo Paulo, para combater as heresias que avançavam na região, apresenta um resumo direto da obra redentora de Cristo, tendo como destaque glória à Deus, modificação de vida e a adoração nos corações sendo evocada:
O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém! (Gl 1.4-5).
No entanto, não se trata de algo simples. A Bíblia é clara em nos apresentar um ambiente de batalhas no coração, uma disputa por domínio que avança na orientação do comportamento. Tanto é assim que o mesmo apóstolo Paulo em outra carta, alertando sobre a necessidade de fortalecimento no Senhor, descreve a armadura de Deus para o enfrentamento que deveria acontecer em oração e súplica constantes (Ef 6.10-18).
Logo, a Páscoa é a celebração mais importante do ano, pois remete à salvação marcando os corações nas lutas diárias, como um arsenal puro e seguro do evangelho de Jesus que derramou seu sangue e declarou: “Está consumado” (Jo 19.30), e que ressuscitou triunfante ao terceiro dia deixando o túmulo vazio, garantindo a vitória (Lc 1.1-3).
“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57).
Uma feliz Páscoa!
Licenciado Robson