Em nossos dias percebemos praticidade e velocidade como requisitos básicos em todas as atividades realizadas. Se por um lado desfrutamos de maior produtividade e conforto, por
outro, é possível abrandarmos a cada dia nossa habilidade em esperar.
A Palavra de Deus mostra a condição de espera como um importante aspecto da vida cristã. Esperamos a segunda vinda de Jesus (2Pe 3.14; Jd 21), esperamos em meios aos desafios comuns da vida (Sl 33.20; 37.7; 62.5; 131.3). Jacó é bom exemplo de experiências em espera, pois trabalhou sete anos por amor à Raquel, depois mais sete para enfim casar-se com ela (Gn 29).
Posteriormente, já idoso, diante de uma grande escassez, precisou enviar seus filhos por duas vezes em uma viagem arriscada em busca de mantimentos, enfrentando assim longos dias em incertezas e espera pelos seus rapazes (Gn 43), lembrando que havia passado por amarga dor de ter seu filho José como morto. Portanto, várias experiências em espera ao longo de sua trajetória.
Contudo, ao se encontrar com o Faraó, no desenrolar da passagem, Jacó expressa suas experiências como “dias em peregrinações” (Gn 47.9), indicando que apesar dos esforços e toda dedicação naquilo que fazia por onde passou, continuava esperando por algo melhor na confiança em Deus. Assim, precisamos viver com paciência e perseverança, não como uma disposição fundamentada em si, mas na atitude que manifesta confiança na promessa
de Deus e na esperança de uma herança gloriosa (1Pe 1. 3-9).
Embora os nossos dias fruam rapidez e agilidade legítima, não sejamos tomados por impaciência e ansiedade, mas busquemos em Deus sabedoria para lidarmos com toda essa velocidade, vivendo a espera perseverante com íntegra longanimidade, que é fruto do Espírito.
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade (Gl 5.22).
Pr. Robson