Uma família de discípulos de Jesus

Evangelização e início de novos trabalhos

I. Evangelho, evangelizar, evangelização, evangelismo e evangelista

Confira nossa visão geral de evangelização.

Evangelho é o convite para que as pessoas se tornem cristãs. É a explicação sobre quem é Jesus Cristo e o que ele fez e faz. Além disso, é uma motivação para as pessoas clamarem pelo milagre do Espírito Santo que as conduz a abandonar sua justiça própria e sua desobediência a Deus, confiando somente em Jesus como Senhor (proprietário e autoridade suprema) e Salvador (aquele que morreu e ressuscitou para garantir a salvação dos que acreditam nele; o único Mediador que reconcilia o ser humano com Deus). É também um chamado a andar com Deus desde agora, como discípulos de Jesus. Por fim, o evangelho é também uma informação de que Jesus voltará, eliminará todo mal (e mau) do Universo e consumará o reino de Deus. Neste reino serão felizes os que se tornarem cristãos hoje.

Evangelizar é convidar as pessoas a se tornarem cristãs. Explicar-lhes quem é Jesus Cristo e o que ele fez e faz. Motivá-las a clamar pelo milagre do Espírito Santo que as conduz a abandonar sua justiça própria e sua desobediência a Deus, confiando somente em Jesus como Senhor e Salvador. Chamá-las a andar com Deus desde agora, como discípulas de Jesus. E também informá-las da volta de Jesus e de que elas serão eternamente felizes tornando-se cristãs hoje.

Evangelização é o ato de evangelizar. Evangelização é diferente de evangelismo.

Evangelismo é a implementação de estratégias de publicação de conteúdos relacionados ao evangelho. O objetivo do evangelismo é propagar — chamar a atenção das pessoas para o evangelho, o mais extensamente possível. Evangelismo ainda não é evangelização, porque esta última exige um tipo específico de aproximação e relacionamento que propicia as explicações e convites mencionados nas definições de “evangelho” e “evangelizar”.[1]

Evangelista é quem pratica a evangelização. Todo cristão, portanto, todos os membros de nossa igreja são convocados por Jesus para serem testemunhas e evangelistas (Mc 16.15-16; Lc 24.45-49; Jo 20.21-23; At 1.8; 2Co 5.18-20; 1Pe 2.9; 3.15-16; Ap 7.3; 14.6-7; cf. Mc 13.10).

II. Discipulado, discípulo e discipulador

Discipulado é o ato de fazer discípulos de todos os grupos étnicos, culturais e sociais, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que Jesus ensinou, começando pelos Primeiros passos do discípulo (os Dez Mandamentos, o Credo apostólico e tópicos importantes da Religião Cristã), os cinco discursos de Jesus no Evangelho de Mateus — O sermão do monte (Mt 5—7); A missão apostólica (Mt 10); Como o reino vem (Mt 13); A disciplina na igreja (Mt 18) e Os falsos mestres e o fim (Mt 23—25) — os cursos O Deus dos pactos (a doutrina da Trindade), Criação e Queda (TULIP 1), Eleição e redenção (TULIP 2), Chamado e perseverança (TULIP 3), A luta cristã (batalha espiritual), Viver é crescer (o desafio da maturidade cristã), O cristão frutífero (sacerdócio universal dos crentes, chamado para o serviço, ministérios e dons), Evangelização e discipulado e Liderança viva e simples, e prosseguindo com toda a Sagrada Escritura, uma vez que cada livro da Bíblia se relaciona com Cristo e o evangelho.

O discipulado bíblico consiste em acompanhar o novo convertido até que ele se torne um cristão evangelista e discipulador.

Discípulo é o cristão; aquele que segue Jesus Cristo e o declara como seu único e suficiente Senhor e Salvador. O discípulo é sempre discípulo de Jesus e não do evangelista, discipulador ou igreja.

Discipulador é o cristão que ora e trabalha para fazer e consolidar discípulos de Jesus. Todo cristão, portanto, todos os membros de nossa igreja são convocados por Jesus para serem discipuladores (Mt 28.18-20; 1Co 3.6-9; Gl 4.19; Cl 1.28-29).

O cristão é o agente individual da evangelização e discipulado.

III. Igreja evangelizadora e discipuladora

A igreja é estabelecida por Deus para pregar o evangelho e discipular as pessoas de sua localidade, das cidades e regiões vizinhas e dos confins da terra (Ef 1.20-23; 3.8-13; cf. At 1.8; 13.2-4; 15.3; Lc 24.47; Rm 10.14-15; 15.18-20,24,28).

Ela cumpre seu papel evangelístico e discipulador atentando para quatro coisas: Presença — cumprir as ordenanças de Deus na cidade; proclamação — pregar o evangelho na cidade; persuasão — fazer discípulos na cidade e propagação — os novos crentes repetem o processo e a igreja colabora com a multiplicação de igrejas na cidade, em cidades próximas, em outras culturas e nações (figura 1).

Figura 1. Os quatro “Ps” da igreja evangelista.

Sendo assim, nossa igreja quer obedecer a Deus pregando o evangelho e discipulando pessoas no município de São José do Rio Preto, na Região metropolitana de São José do Rio Preto, no Brasil e no mundo.

A igreja é o agente corporativo da evangelização e discipulado.

IV. Cultura, prática e alvos evangelísticos

Cultura evangelística é o cristão e a igreja respirando, pensando, sentindo e vivendo evangelização, na maior parte das vezes espontaneamente (como um aspecto da nova identidade em Cristo) e também de modo intencional, elaborando e implementando planos e ações de evangelismo, evangelização e discipulado.

Prática evangelística é toda ação pessoal ou familiar, de um departamento ou ministério ou da igreja como um todo, que tem em vista evangelizar e fazer discípulos.

Alvos evangelísticos são metas de trabalho (semear e regar). Estabelecemos e trabalhamos para alcançar alvos evangelísticos e de discipulado, na dependência de Deus.

Alvo relacionado à cultura evangelística (estabelecido pelo Conselho em março de 2011): Consolidar uma cultura de evangelização. Isso implica nos pastores, oficiais e pessoas ligadas à educação cristã evangelizando e fazendo discípulos. Os departamentos de apoio ajudando a igreja a evangelizar e discipular. As sociedades e ministérios orando, planejando e trabalhando para funcionar como instâncias de evangelização e discipulado. E todos os crentes e famílias desafiados a evangelizar e discipular.

Alvos relacionados à prática evangelística

  • A igreja busca avivamento bíblico.
  • A igreja treina para a evangelização e o discipulado.
  • A igreja se conecta à cultura.
  • A igreja testemunha ao máximo de pessoas.
  • A igreja estabelece grupos da igreja simples (GIS) pioneiros, pontos de pregação, congregações e novas igrejas, conforme a orientação e bênção de Deus.

V. Sobre o início de novos trabalhos

A igreja ora e trabalha para levar o evangelho bíblico às cidades próximas, na região metropolitana de São José do Rio Preto.[2] A motivação bíblica para a tarefa é o relato das viagens de Paulo que, em pouco mais de uma década (46—57 d.C.), plantou igrejas em Listra, Icônio, Antioquia da Pisídia, Derbe, Filipos, Tessalônica, Bereia, Corinto e Éfeso.

Baseados na experiência dos crentes de Antioquia (At 11.20-24), nossa ênfase é falar-anunciar, estabelecer um núcleo de crentes (primeiro como GIS pioneiro que evolui para ponto de pregação, daí para uma congregação e, finalmente, organiza-se como igreja). A criação e funcionamento do GIS é regulado pelo Manual dos grupos da igreja simples, disponível em: https://ipbriopreto.org.br/sociedades-ministerios/gis/.

Para um GIS se tornar ponto de pregação é necessário:

  • Pelo menos 12 pessoas dizimistas, admitidas como membros comungantes.
  • Arrecadação local suficiente para cobrir no mínimo 50% de custos com aluguel e manutenção de um local para as reuniões.
  • Além da continuação do GIS, realização de culto dominical e escola dominical.

Para um ponto de pregação se tornar congregação é necessário:

  • Pelo menos 40 frequentadores.
  • Pelo menos 20 pessoas dizimistas admitidas como membros comungantes.
  • Arrecadação local suficiente para cobrir no mínimo 70% de custos com aluguel e manutenção de um local para as reuniões.
  • Continuação do GIS, realização de culto dominical, escola dominical e um culto semanal.

Para uma congregação se tornar igreja é necessário:

  • Pelo menos 70 frequentadores.
  • Pelo menos 40 pessoas dizimistas admitidas como membros comungantes.
  • Arrecadação local suficiente para cobrir 100% dos custos com aluguel e manutenção de local, sustento de seu pastor, causas locais, verba presbiterial e dízimo ao Supremo Concílio.
  • Continuação do GIS, realização de culto dominical, escola dominical e um culto semanal.
  • Líderes capacitados para as sociedades internas e ministérios.
  • Pelo menos duas sociedades internas organizadas.
  • Líderes capacitados para o diaconato e presbiterato.[3]

Nossa igreja investe no novo trabalho:

  • Desde o início, enviando o obreiro para o plantio.
  • Formalizando contratos de aluguel e providenciando documentações requeridas por prefeituras, secretarias ou órgãos municipais.
  • Implementando reformas e adequações e adquirindo equipamentos e mobiliário para funcionamento do trabalho.
  • Fornecendo literatura pertinente para evangelização, admissão, doutrinação e capacitação de frequentadores, membros e lideranças do novo trabalho.
  • Cobrindo parte das despesas do trabalho, até sua organização.

Nossa igreja só iniciará outra igreja na cidade de São José do Rio Preto depois de atingir a marca de 1.200 membros e quitar os investimentos com aquisição de nova área e construção de nova estrutura.

As igrejas iniciadas serão autossustentáveis (responsáveis por seus custos e investimentos) ou parceiras (duas ou três igrejas dividindo custos e investimentos).

Igreja autossustentávelIgrejas parceiras
Figura 2. Igrejas autossustentáveis ou parceiras.

VI. A Comissão de novos trabalhos

A Comissão de novos trabalhos (CNT Rio Preto) é incumbida de gerenciar os GIS pioneiros, pontos de pregação e congregações da igreja.

  1. A CNT Rio Preto é composta pelo Presidente e Vice-presidente do Conselho, Coordenador da Junta de missões e Tesoureiros da I. P. Rio Preto;
  2. a CNT Rio Preto encaminha ao Conselho da I. P. Rio Preto, pedido de verba para integração ao orçamento anual da igreja, na rubrica “Novos trabalhos”;
  3. no orçamento da igreja, a CNT Rio Preto faz uso do saldo das ofertas missionárias da igreja em 31 de dezembro de cada ano, além do valor dotado na rubrica “Novos trabalhos”, no orçamento anual da I. P. Rio Preto, iniciando com o saldo disponível em 31 de dezembro de 2024;
  4. dentro dos limites disponíveis nas alíneas “b” e “c” acima, a CNT tem liberdade para atender a pedidos encaminhados pelos obreiros ou necessidades detectadas pelo própria CNT, sem necessidade de deliberação específica do Conselho, prestando contas ao Conselho da igreja em 01 de julho e 01 de dezembro de cada ano.

VII. Gestão do Conselho

  • O Conselho aprova o início de novos trabalhos, delibera sobre localidades e obreiros, levantamento e uso de recursos, assim como o modo de operação e andamento de cada GIS pioneiro, ponto de pregação e congregação, até sua organização como nova igreja.
  • O Conselho acompanha o andamento do trabalho através de visitas semestrais, em maio e novembro de cada ano.
  • O Conselho verifica se o trabalho é desenvolvido dentro dos padrões estabelecidos.
  • O pulso de cada trabalho é verificado mensalmente pelo pastor efetivo e obreiros designados pelo Conselho.
  • Os que se sentem chamados ao ministério missionário ou pastoral serão colocados em contextos de serviço prático, sob vistas do pastor efetivo, confirmando suas vocações e produzindo frutos antes do envio a institutos bíblicos e seminários.

VIII. Estrutura evangelística

Estrutura evangelística é qualquer arranjo organizacional ou metodológico estabelecido com vistas a pregar o evangelho e discipular pessoas. Ainda que assumamos que todos os departamentos devem contribuir com a evangelização e o discipulado, considera-se como estrutura evangelística:

  • O trabalho pastoral e do Conselho.
  • A CNT Rio Preto.
  • A JM Rio Preto.
  • Os GIS pioneiros, pontos de pregação e congregações.

IX. Nossa esperança

O primeiro objetivo deste protocolo de evangelização e novos trabalhos é instruir e mobilizar a igreja para glorificar a Deus obedecendo ao seu mandato evangelizador e discipulador de nosso Senhor Jesus Cristo.

Nosso segundo objetivo é implementar o ideal de serviço da IPB Rio Preto: “Sermos uma família de discípulos de Jesus, fundamentada na Bíblia, comprometida com a Reforma, que proclama as boas-novas da salvação, atua na restauração de pessoas e coopera na edificação do reino de Deus”.

Como afirmou João Calvino, ao comentar a petição “venha o teu reino”, do Pai-nosso:

Devemos desejar que aconteça cada dia que de todos os rincões do mundo Deus junte a si suas igrejas, as propague e as faça aumentar em número, as sature de suas dádivas, estabeleça nelas ordem legítima; em contraposição, que prostre a todos os inimigos da sã doutrina e religião, dissipe os conselhos deles; lançando abaixo seus planos.[4]

Em outras palavras, Calvino sintetiza cinco aspectos bíblicos da expansão do reino:

  1. Deus junta as igrejas a ele.
  2. As igrejas são propagadas.
  3. As igrejas aumentam em número.
  4. As igrejas são saturadas de dádivas.
  5. As igrejas são devidamente governadas.

Oramos e trabalhamos para que seja assim, para o agrado de nosso Deus.

Conselho da I. P. Rio Preto.
15 de fevereiro de 2025.

Confira nossa visão geral de evangelização.


Notas

[1] O evangelismo não exige, necessariamente, interação pessoal profunda. Pode ser desempenhado por um pintor de um quadro, ou a trupe que apresenta um espetáculo de mímica, ou mesmo o voluntário que entrega folhetos aos transeuntes em uma praça. Ao fim da atividade, Deus graciosamente pode conduzir as pessoas a interessar-se em Jesus ou nas coisas espirituais e é exatamente neste ponto que o evangelismo é útil. Mas evangelismo é apenas uma parte da tarefa.

[2] Critérios para investimento: Onde Deus mandar. Onde não haja igreja protestante ou evangélica (Rm 15.20-21). Onde haja receptividade imediata ao trabalho (Mc 6.7-11; At 13.44-46; 18.5-6). Onde haja crentes dispostos a crescer e necessitados de pastoreio (At 11.22). Onde não haja Igreja Presbiteriana do Brasil. Onde haja possibilidade de organização rápida. Onde haja possibilidade de reprodução da nova igreja. Onde seja possível acompanhar cuidadosamente o novo trabalho.

[3] Art. 5º da CI/IPB: “Uma comunidade de cristãos poderá ser organizada em igreja, somente quando oferecer garantias de estabilidade, não só quanto ao número de crentes professos, mas também quanto aos recursos pecuniários indispensáveis à manutenção regular de seus encargos, inclusive as causas gerais e disponha de pessoas aptas para os cargos eletivos”.

[4] CALVINO, João. As institutas: Edição clássica. São Paulo: Cultura Cristã, 2006, iii.xx.42, v. 3, p. 392.

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