É evidente nas Escrituras a vocação de um povo em ser propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.9). Essa verdade é expressa por toda a narrativa bíblica, podendo ser observada inicialmente no “protoevangelho” (Gn 3.15), onde lemos sobre duas descendências para toda humanidade, aquela que decorreria da serpente, rebelde contra Deus, e aquela ligada à “descendência da mulher”, em Cristo, ou seja, já ali um apontamento para a obra redentora de Jesus.
No entanto, a igreja sempre desempenhou o papel de testemunho às nações, a fim de que outros conheçam a divindade e o senhorio do Deus Triúno. Temos ainda que, ao longo da história, a igreja decaiu espiritualmente, quando se esqueceu de seu alvo, testemunho e missão, isso pelo fato de serem inseparáveis o chamado a ser povo e o propósito missionário deste.
Muitas vezes se entende de forma equivocada a qualidade de igreja apenas sob o prisma de conversão pessoal. Olha-se para o aspecto verdadeiro de ser povo comprado na obra salvadora de Cristo por preço de sangue, sacrifício perfeito, mas para ser desfrutado apenas em si mesmo. Porém, o que Cristo nos traz é um propósito novo, que ecoa não só pessoal e internamente, mas como missão. Nas palavras de Jesus, registrada no Evangelho de João, temos:
Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda (Jo 15.16).
Que nesse agosto, mês de missões, sejamos profundamente conscientizados da missão que nos é confiada, de sermos testemunhas dando frutos por sua graça.
Deus nos ajude no cumprimento de seus desígnios!
Lic. Robson.