Nada escapa à providência divina. Enquanto meditava na Escritura sobre o que escrever neste Boletim, recebi no WhatsApp um link de um vídeo que prometia curar qualquer problema de visão. Normalmente não abro isso, mas como considerava o remetente, abri. Lá se foram 29 minutos de minha vida em um interminável lero-lero pseudomédico para no final divulgar a venda de um produto “baratíssimo” para a cura, tudo comprovado por estudos científicos das melhores Universidades mundiais. Desliguei o vídeo, fui para a internet e já há uma recente resolução da ANVISA proibindo a fabricação e comercialização do produto por falta de identificação do fabricante. Pensei: Quem descobre algo tão revolucionário e não patenteia o produto, identificando-se?
Em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, Jesus havia feito muitos milagres, e diz o texto, em João 2.23-25, que muitas pessoas creram nele, mas Jesus não se entregava ao coração delas, porque conhecia a natureza depravada do homem e sabia que elas estavam ali só para bajulá-lo em troca de pão. Que terrível alguém se aproximar de Deus não com a intenção de adorá-lo, mas para tentar enganá-lo com sua falsa declaração de fé. Alguém pode enganar Deus? Deus não, mas homens como eu e você, sim.
Por isso, amados leitores, assim como Jesus julgou o coração daqueles homens ao seu redor rejeitando sua falsa proposta de adoração, Deus nos exorta a julgarmos todas as coisas que chegam a nós, retendo aquilo que nos santifica e rende glórias ao seu nome, mas rejeitando toda forma de mal. Dar azo ao engano disseminado pelos homens, não somente para falsas profecias, segundo 1Tessalonicenses 5.19-22, mas na vida em geral, é aderir ao “pai da mentira”, que é o Diabo, a quem devemos resistir para que ele e seus servos fujam de nós (Jo 8.44; Tg 4.7).
Santidade cristã requer discernimento espiritual para com o engano que bate à nossa porta. Sejamos sóbrios e vigilantes nisso!
Rogério Cruz