Harriet Tubman se tornou ícone do abolicionismo americano no séc. 19. Nascida e criada como escrava em fazendas do sul dos Estados Unidos, na mocidade fugiu de seus donos, e em 13 missões arriscadas e heroicas contadas no filme Harriet: Seja Livre ou Morra, conseguiu resgatar centenas de escravos de sua escravidão. É atribuída a ela a seguinte frase: “Libertei mil escravos. Podia ter libertado outros mil, se eles soubessem que eram escravos”.
Um presidiário anseia pela liberdade, porque sabe que vive em uma prisão. Saberá o homem sem Cristo que seus dias se passam em um cárcere profundo e escuro sob a chibata do pecado? Se ele não sabe, como buscar a liberdade? (Rm 10.14-15). Se um doente não sabe que está doente, como buscar a cura? (Lc 5.31-32). Foi Jesus Cristo quem disse que todo o que comete pecado é escravo do pecado (Jo 8.34) e precisa de libertação (Jo 8.32, 36), e esse anúncio é missão da igreja!
Uma das lições da pandemia para a igreja é que nela, em suas fileiras (o joio), e ao redor dela, nas cercanias, encontra-se um mar de pessoas que, por não terem consciência da escravidão de seus pecados, vivem aprisionadas e amedrontadas, sem o menor anseio por libertação, voltados somente para esta existência terrena. Teria sido este “repouso sob o caos” o motivo de muitos escravos nos dias de Harriet terem dito não à liberdade por ela proposta?
A pandemia oferece à igreja uma lavoura preparada para o plantio da semente do evangelho. Se Harriet precisou de 13 missões para resgatar centenas de escravos, Jesus Cristo precisou apenas de uma investida contra o mal para subjugá-lo e nos garantir a liberdade para sempre. Avante igreja, é tempo de semear!
Rogério Cruz.