O Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo reivindicam um tronco comum. Todos assumem um culto monoteísta, ao Deus único de Abraão. No entanto, o culto cristão difere do judaico e muçulmano por ser não apenas monoteísta, mas também trinitário e cristocêntrico. Os cristãos adoram ao Deus único que subsiste em três pessoas: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Os cristãos adoram ao Deus Triúno, que decidiu se revelar. De acordo com o Dr. Hermisten Costa:
O culto cristão é a expressão da alma que conhece a Deus e que deseja dialogar com o seu Criador, mesmo que este diálogo, por alguns instantes, consista num monólogo edificante no qual Deus nos fale por meio da Palavra.¹
O culto que prestamos a Deus é uma resposta à sua revelação, especialmente seus atos de criação, redenção e juízo (Êx 34.5-8; Is 6.1-8; Mt 2.9-11; Rm 1.18-21; Ap 4.1-11). P. D. Manson explica que:
[Revelação e resposta] são necessários à verdadeira adoração. […] Martinho Lutero afirmava que “conhecer a Deus é adorá-lo”. […] Insistia também em que a adoração não é algo extra e opcional para a pessoa piedosa, mas, sim, um sintoma ou expressão essencial desse conhecimento.²
Que Deus nos ajude a responder adequadamente à sua revelação, adorando-o nos termos de sua Palavra, “em espírito e em verdade” (Jo 4.23-24), de modo agradável a ele.
¹COSTA, Hermisten M. Princípios bíblicos de adoração cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 49.
²MANSON, P. D. “Adoração”. In: FERGUSON, Sinclair B. (Org.). Novo dicionário de teologia. São
Paulo: Hagnos, 2009, p. 33.