A quem queremos agradar? E por qual razão? Eis duas perguntas incômodas. Admitamos que fazemos muito coisa em busca de aprovação. Se formos agradáveis, seremos socialmente aceitos. Em um grupo, nem todos apreciam o “criador de caso”. Isso nos inclina a fazer aquilo que agrada aos demais. Em Gálatas 1.10, Paulo declara:
Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.
Por que ele diz isso? Podemos dizer que o evangelho nos conduz a ser sinceros não apenas com Deus, mas também com outros seres humanos. Basta ler outros trechos do Novo Testamento para entender que Paulo não era grosseiro, nem insensível às pessoas, do tipo que achava que não precisava se preocupar com a opinião dos outros. Pelo contrário, ele se esforçava para ser agradável e assim testemunhar do amor de Cristo (1Co 9.19-23; Cl 4.5-6).
Suas palavras em Gálatas 1.10 tem a ver com seu esforço em ensinar o evangelho verdadeiro. Em Gálatas 1.8-9, ele diz que os que pregam um evangelho falso são “anátema”, quer dizer, amaldiçoados. Tal declaração não é nada simpática. Alguns poderiam se afastar por causa de sua franqueza, mas o evangelho nos faz honestos e sinceros. Paulo disse o que era preciso, ao perceber que pessoas estavam sendo iludidas com uma doutrina diferente daquela ensinada pelo próprio Jesus Cristo. Ele se assemelhou ao Senhor, que também dizia a verdade aos fariseus (Mt 23.13-36).
Uma das coisas que a graça de Deus faz é nos tornar mais sinceros. Jesus nos faz honestos em nossa relação com Deus e uns com os outros. Ele, que é “a Verdade” (Jo 14.6), faz de nós mais verdadeiros, em todos os sentidos.
Pr. Misael.