Em Daniel 1.1-2, lemos que o rei da Babilônia sitiou Jerusalém e levou o rei Jeoaquim cativo.
Jeoaquim, filho do piedoso Josias, foi entronizado aos 25 anos e reinou por 11 anos em Jerusalém (2Rs 23.36 — 609-598 a.C.). Suas obras foram más. Exigiu tributos pesados do povo para manter os repasses ao Egito (2Rs 23.35; 2Cr 36.3). Edificou uma mansão
com opressão (Jr 22.13). Perseguiu aos profetas de Deus; mandou matar Urias e se opôs a Jeremias (Jr 26.20-24; 36.10,20-26). Abandonou as reformas de seu pai (Josias) e reintroduziu os ritos pagãos (Ez 8.5-18). Cometeu abominações contra Deus (2Cr 36.8).
Flávio Josefo diz que ele, Jeoaquim, “era injusto e maligno, nem santo para com Deus, nem tolerante para com os homens” (Antiguidades, X.5.2). Ele fez um acordo com Nabucodonosor, mas, ao fim de três anos, rebelou-se (2Rs 24.1). A rebelião fracassou e ele foi amarrado e levado cativo (2Cr 36.6). Faleceu a caminho da Babilônia, aos 36 anos e seu cadáver foi lançado fora da cidade (cf. Jr 36.30). O resumo de sua vida é lamentável: “Fez ele o que era mau perante o Senhor […]” (2Rs 23.37).
Nós podemos aprender com este mau exemplo (1Co 10.6). Aqui somos alertados sobre a importância de nossas escolhas e ações (2Co 5.10). Deus nos chamou para as boas obras (Ef 2.10; Tg 2.26). Cuidemos de nosso caráter, pois o que fazemos deflui de quem somos (Mt 15.19). Além disso, apesar do pacto (Gn 17.7), filho de crente não é “crentinho”. Josias foi um homem de Deus e rei bom (2Rs 22.2). Jeoaquim foi mau. Os pais têm de evangelizar
seus filhos e a estes cabe abraçar a fé de seus pais (Êx 20.5-6; Pv 1.8,10; 2.1-5; Ez 18.19-24; Rm 4.12; Gl 3.9; 2Co 5.17).
Por fim, liderança é coisa séria. O povo foi para o cativeiro por causa dos pecados de seus reis. A conduta da liderança pode conduzir a prosperidade ou castigo (cf. 2Rs 24.1-4; 1Cr 21.1,14).
Sendo assim, tomemos cuidado com as escolhas diárias e, principalmente, com a devoção sincera ao Senhor.
Pr. Misael