A vida cheia do Espírito Santo é o padrão bíblico para os discípulos de Jesus Cristo. O apóstolo Paulo transmite-nos essa verdade em forma de ordem: “enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18b). O interessante é a ligação entre o enchimento do Espírito e a adoração: “falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso
Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5.19-20).
A plenitude do Espírito Santo não combina com alguns estados negativos da alma. Fala edificante mais cânticos mais ações de graças é igual a vida cheia do Espírito. As pessoas cheias do Espírito são identificáveis (At 6.2-3). O indivíduo murmurador, que se deixa abater e absorver pela insatisfação, perde a oportunidade de desfrutar dessa bênção da plenitude espiritual. Caminhamos com Deus louvando, cantando e agradecendo independentemente das circunstâncias. Enquanto fazemos isso, somos cheios do Espírito.
Experiências místicas impactantes, sinais e maravilhas, delírios emocionais e extravagância sensorial não são marcas da vida cheia do Espírito. O importante é o que está debaixo da superfície — um coração que se acalma diante de Deus, uma alma que aprende a confiar e agradecer. O que importa é o louvor que procede da consciência purificada no sangue de Cristo. O que vale mesmo é a capacidade de cantar mesmo quando se passa pelo vale mais escuro e profundo.
O enchimento do Espírito Santo pressupõe essa pedagogia da vontade, essa disposição para repetir, como o salmista:
“Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”
Salmos 42.5
Eis a verdade da Escritura, a adoração relaciona-se com a vida poderosa. Olhemos para o nosso Redentor, adoremos ao Seu Nome e caminhemos cheios do Espírito.
Pr. Misael.