Meus cabelos estão caindo e os que restam, embranquecem. Aqui e ali desponta uma dorzinha, anunciando o acúmulo de anos. Estou ficando mais rabugento; um ranzinza.
Um exemplo é minha relação com cânticos de “adoração”. Entendo que a música influencia a mente e o corpo, e cada parte do culto deve nos ajudar a ouvir a Palavra de Deus. Música que produz confusão, cujo volume extrapola os limites saudáveis de decibéis, ou que enfatiza exageradamente a performance dos cantores e instrumentistas, ou ainda, cuja letra não pode ser compreendida com clareza, não serve para o culto. Música que não é cantada por toda a congregação, com exceção das músicas especiais executadas por cantores, corais, ou vinculadas à pregação, contraria os princípios bíblicos de adoração.
No contexto atual, há muito sentimentalismo destituído de virilidade e respeito. E multiplicam-se interpretações alegóricas. No fim, nem os crentes, nem os visitantes sabem o que estão cantando.
O amor divino não nos desobriga da reverência, e o cântico tem de ser bíblico e pertinente. A teologia dos músicos deve ser a mesma do púlpito. A música precisa comunicar uma doutrina simples e sadia.
Pr. Misael. Publicado no Boletim 303 | 18 de outubro de 2015.