A vida real é repleta de complexidade. Aquilo que é confortavelmente proposto em um gabinete de estudos, nem sempre corresponde às coisas como verdadeiramente são.
Nesse sentido, a ética cristã lida com desafios difíceis. Especialmente nas últimas seis décadas, o Cristianismo tem de responder a questões como divórcio, novos modelos de casamento e família, aborto, pílula do dia seguinte e fluidez de gêneros sexuais. Uma revista de negócios menciona o slogan de uma campanha da Avon, “‘Maquiagem para todEs’ (com ‘e’, para evitar o artigo masculino ou feminino)”, e diz ainda:
A rede social Facebook incluiu desde o ano passado, em sua versão brasileira, 17 opções de gênero — além de masculino e feminino — para os usuários se identificarem. São variações como transexual, travesti e FtM (sigla para feminino transformado em masculino) […]. Na Suécia, […] em 2015, foi aprovada oficialmente a criação de um pronome neutro — “hen”, variação sem gênero para o equivalente em português a “ele” e “ela”.[1]
Isso nos coloca diante de outra pergunta, fundamental: A Bíblia responde a tudo? A Escritura é verdadeira em tudo o que ensina, mas ela não trata de todos os assuntos possíveis. Ela não foi dada para nos informar sobre Geometria, Física Quântica ou Fisiologia. Seu foco são as coisas concernentes à salvação. Por outro lado, a Palavra de Deus nos ajuda a lidar com questões éticas complexas. Premissas bíblicas podem e devem ser assumidas, de modo que respondamos com segurança aos questionamentos contemporâneos.
Como encontrar respostas na Bíblia para as perguntas atuais? Se Deus quiser veremos como fazer isso, a partir do próximo Boletim.
Pr. Misael. Pastoral do Boletim 350 | 11 de setembro de 2016.
Notas
[1]FILIPPE, Marina. A Era do Consumidor X, in, Exame, ed. 1119, ano 50 (17.08.2016), p. 80, 81.