Um dos grandes desafios depois que o evangelho da graça se espalhou pelo território do Império Romano, no primeiro século, foi o debate sobre a necessidade de se seguir ou não a Tradição Judaica. Nesse cenário, a suficiência da obra redentora de Cristo passa a ser atacada sutilmente por meio de falsos ensinos, que distorcem a real finalidade das Leis e empobrecem o deleite na transparência do evangelho genuíno (At 15.1-33).
Em algumas situações, a questão tomou proporção de corromper crentes que deveriam ser maduros, mas retrocederam a uma espécie de devoção frágil, semelhantes às que faziam na ignorância sem Jesus (Gl 4.8-10). Combatendo a esse comportamento, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, escreve boa parte de suas cartas. Por exemplo, nas cartas aos Efésios e Colossenses, reafirma o ensino sobre a obra de redenção (Ef 2.1-10; Cl 1.13-22).
Em seguida adverte para que as igrejas não se desviem da centralidade de Cristo em seu desenvolvimento. Deveriam caminhar em conhecimento, mas atentas para não se comportar com infantilidade, agitadas por ventos de doutrinas nem ser levadas por vãs
filosofias (Ef.4-14; Cl 3.8). Ou seja, com perdão do anacronismo, não deveriam “negociar a bênção” em aprofundar-se na inesgotável riqueza do crescimento em Cristo por algum conceito pueril do modismo gospel da época.
Jesus deve ser a base e as colunas da nossa vida (Cl 2.6-7; Ef 4.12-13; Gl 4.19). Em outras palavras, precisamos espelhar Cristo na tradição, na confissão e na vida prática. Logo, devemos nos certificar se no centro das nossas iniciativas se encontra Cristo, a fim de desfrutarmos de verdadeira fé na capacitação do Espírito Santo. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo (Ef 4.15).
Licenciado Robson