Será que nossa geração está perdendo a noção do que seja o chamado para o serviço? Há igrejas que enfatizam apenas a adoração, se esquecendo de que Deus procura não apenas “adoradores”, mas, também “trabalhadores” (Jo 4.23-24; Mt 9.37-38). Talvez você já tenha ouvido falar sobre algumas dessas pessoas.
Policarpo foi pastor em Esmirna, no 2º século. Aos 86 anos ele foi queimado vivo, por não rejeitar a cristo. David Brainerd serviu como pastor congregacional e missionário entre os índios norte-americanos. Morreu aos 29 anos de tuberculose, pouco antes de se casar. William Carey, o “pai das missões modernas”, dedicou sua vida ao povo da Índia. David Livingstone deixou o Reino Unido aos 28 anos de idade para servir na África (ele morreu orando, em 1 de maio de 1873). Parte de seu corpo está sepultado na Abadia de Westminster (Londres). Hudson Taylor, amigo de Spurgeon, serviu a Deus durante 51 anos na China. Ali dois de seus filhos morreram, um em 1858, outra em 1865. John G. Paton serviu ao Senhor nas ilhas Novas Hébrides, hoje Vanuatu, ao sul do oceano Pacífico. Horace Underwood foi pastor, educador e missionário presbiteriano na Coreia. Amy Charmichael dedicou 55 anos ao serviço de Deus no Japão, Sri Lanka e Índia.
O casal Robert e Sarah Kalley fundou a Igreja Evangélica Fluminense, em 1858, apoiou obreiros presbiterianos e, de modo especial, a irmã Sarah compôs muitos hinos, alguns inseridos em nosso hinário. Ashbel Green Simonton fundou a Igreja Presbiteriana do Brasil e faleceu aos 34 anos, de “febre biliosa”. José Manuel da Conceição, primeiro brasileiro ordenado ao ministério evangélico e plantador de igrejas apaixonado, morreu no Vale do Paraíba, em decorrência de ferimentos.
A causa cristã deve muito a essas pessoas que abriram mão de seu conforto, a fim de trabalhar para Deus. O que as motivou? O que as fez ficar firmes em seus lugares e tarefas, mesmo sofrendo? Elas levaram o chamado para o serviço a sério.
Cristãos comprometidos com o Senhor trabalham para ele com uma convicção, de que não pertencem a si mesmos, e um desejo, de se gastar no serviço divino, tal como cantamos no Hino “Coração Quebrantado” (67 do NC): “Todo o meu ser não considero meu; quero gastá-lo no serviço teu”.
Pr. Misael.