O medo e a angústia geram perplexidade que, por sua vez, paralisa, causa inação. Há situações que revelam, por vezes, contrastes bem interessantes.
Certa vez estava brincando com meu amigo “Pãozão” que morava em frente à sede da fazenda da querida família Zanin. Determinado momento sua mãe disse que precisava ir à igreja e eu lhe pedi que me deixassem na sede, de carroça, pois tinha “medo dos bois” que estavam pastando no meio do caminho. Quando saímos, a carroça virou e o cavalo machucou-se. Saí correndo à busca de ajuda. Quando me dei conta já havia percorrido todo o caminho passando pelos animais, até chegar ao meu tio Tonico pedindo socorro. Um belo contrate entre minha perplexidade e minha proatividade naquele momento.
Paulo revela que, mesmo diante de contrastes, podemos descansar no Senhor. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados, perplexos, porém, não desanimados (2Co 4.8).
A perplexidade toma conta de tal forma, a ponto de nos causar hesitação, dúvida, insegurança. Ficamos indecisos e, muitas vezes paralisados. Mas o ensino precioso de quem estava passando por perseguições, medo da morte, pressões externas (atribulado) e internas (perplexo), diante de situações tão adversas, Paulo se sentia fortalecido pelo Senhor (não angustiado e não desanimado). A pandemia pode sim trazer perplexidade e tribulação, mas, descansados na providência do nosso gracioso Deus, podemos seguir não angustiados e tampouco desanimados.
Presb. Marcus Prisco.