Rodeado de conforto ou sem nenhuma sofisticação, chamamos de lar o local onde cultivamos nossas interações mais próximas. Nesse ambiente recebemos cuidado providencial nos primeiros instantes de vida, somos alimentados, aquecidos e protegidos com afeto e carinho, e ainda que não contando desta rica estrutura equilibrada, a providência bondosa coloca pessoas para suprir os papéis, mesmo com seus defeitos e falhas.
Diante da postura rebelde, a ilustração usada por Jesus é a galinha que procura ajuntar os filhos do seu ninho como a pintinhos debaixo das asas (Mt 23.37), o que reforça a graça derramada na interação familiar e o amor de Deus expresso no cuidado com o lar.
Primeiros passos, escola, trabalho, vida adulta, os papéis se invertem como em um piscar de olhos. Passamos a ser responsáveis de cuidar, tudo mudando rapidamente, pois “nós voamos”, como lemos em Salmos 90.9-10. Assim, lembremos do cuidado com os progenitores no avançar dos seus dias e da obrigação de se exercer piedade primeiro com os da própria casa. Quem não se atenta a isso está negando a fé, sendo pior que o descrente (1Tm 5.4,8), pois tais dias também chegarão para nós, e no final das contas somos todos dependentes do cuidado de Deus:
Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação, se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso (1Pe 2.2-3)
Portanto, precisamos reconhecer a necessidade de nutrição espiritual, valorizando a dedicação que foi recebida desde a primeira infância, na piedade e zelo para com os de casa, expressando da bondade do Senhor, crescendo na salvação, entendendo que o cuidado no lar é um importante aspecto do cristianismo genuíno para a glória de Deus.
Licenciado Robson