Nossa identidade anterior era lamentável: nome manchado, endividados com uma dívida impagável. Mesmo que realizássemos as maiores obras, entregássemos todos os nossos bens ou vivêssemos como escravos, nada pagaria o preço dos nossos pecados. Paulo nos lembra: “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).
Neste domingo em que celebramos a ressurreição de Cristo, recordamos o grande marco da nossa transformação: anteriormente separados de Deus e impossibilitados de ter acesso ao Pai, através do sacrifício vivo de Jesus, fomos limpos, comprados e transformados em herdeiros.
Esta é a boa nova da Páscoa: o velho homem já não existe. Em Cristo somos nova criatura (2Co 5.17). Agora somos herdeiros da vida eterna, confessando com a igreja de todos os tempos que cremos “na ressurreição do corpo e na vida eterna”. Esta é sua nova identidade: filho do Deus vivo, “e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo” (Rm 8.17).
Abner da Silva Santana