As últimas semanas foram de turbulência — novamente — para o país. Conduzida pelos caminhoneiros, uma nova greve conseguiu produzir bastante apreensão e incômodo nos mais diversos setores da sociedade. Fatores econômicos experimentaram desordem; o campo político amargou mais uma crise; o judiciário se viu às voltas com decisões sobre a eficácia de qualquer determinação a um grupo de autônomos; e para o cidadão comum, a falta de gasolina e etanol causou intenso transtorno. Como ficamos nós?
Alguns aspectos são claros o suficiente para compor nossa visão de movimentos dessa natureza. Existem nas agitações dos dias recentes, profundas lições que deveríamos considerar:
- Somos pó. Pensamos ter a vida nas mãos, e basta alguns caminhões pararem para perceber que nosso controle e estabilidade é uma ilusão. Uma visão real de nossa fragilidade pode fazer muito bem ao nosso coração.
- Deus é o provedor último. Se somos frágeis, cederemos ao desespero e viveremos em agonia? Deus provê para os seus filhos. O maná não depende das rodovias.
- É preciso paciência e discernimento. Talvez o impulso seja de, prontamente, apoiar ou condenar certas causas. A maioria das pessoas levantaria a voz contra o abuso dos tributos no Brasil. Mas logo vozes da esquerda e da direita buscaram capitalizar o movimento. Nosso discernimento na hora de manifestar apoio ou reprovação é necessário, sob pena de sermos manipulados.
Esse não foi o primeiro e nem o último protesto turbulento na nação. Devemos lembrar que o Deus soberano continua no trono.
Rev. Allen