Em janeiro o ritmo da igreja muda, pois alguns saem da cidade para descansar. Isso é bom, uma vez que o tema do descanso aparece nas primeiras páginas da Bíblia:
E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera (Gn 2.2-3).
O próprio Deus descansou após a criação do cosmos. A partir de então, pelo menos um dia por semana deve ser separado dos demais, a fim de pausar o trabalho cotidiano e penetrar nas sublimes regiões da tranquilidade existencial, da adoração conjunta e do convívio familiar.
As férias anuais configuram um período sabático de relaxamento e restauração de forças. Considerando o estresse e desgaste promovidos pelos esforços habituais, elas são mais do que aguardadas: projetos são engendrados, recursos são poupados e em alguns casos viagens são realizadas. A meninada se diverte (e os adultos também, claro). A rotina é pelo menos parcialmente esquecida e a vida assume uma dimensão lúdica saudável e necessária para o equilíbrio físico, mental, familiar, emocional e espiritual.
O cristão entende todo recesso como oportunidade de descanso proveitoso e de culto ao nosso criador. Cada atividade abre espaço para glorificá-lo, como orienta o apóstolo: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31). Nas férias, Deus é adorado por seu povo nos templos, nos sítios interioranos, nas casas dos parentes e debaixo de guarda-sóis, nas diversas praias de nosso litoral, enquanto degustamos moquecas, camarões, caranguejos, águas de coco e guaranás.
Oremos para que Deus nos conceda um janeiro de paz e alegria em Cristo. Dediquemos a ele nossos corações, quer fiquemos por aqui, ou saiamos para descansar.
Pr. Misael.