O último pedido da oração do Senhor é: “e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal” (Mateus 6.13). A palavra traduzida como “livra-nos” contém a ideia de “envio de socorro”, “resgate” ou “salvamento”. Em outro lugar, admoestando os crentes a caminharem em santidade, Paulo afirma o seguinte: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Coríntios 10.13). Aqui “livramento” traduz um termo que significa “rota de fuga” ou “meio de escape”.
Quando um bom pai descobre que seu filho deseja fazer algo errado; ele toma medidas não apenas para alertá-lo, mas também para impedi-lo e protegê-lo. Um pai humano nem sempre é capaz de convencer ou mesmo coibir seu filho de pecar, mas Deus pode. Nosso Senhor é poderoso para proteger-nos do mal porque dele “é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (Mateus 6.13).
O pecado turva o discernimento, blefa e blasfema, alardeando ser mais forte do que Deus. Esta é a razão pela qual todo pecado é essencialmente ofensivo: Quando cedemos ao pecado concordamos com uma mentira. Ainda que inconscientemente, admitimos que o pecado é forte enquanto Deus é fraco; todo pecado arraigado no cristão é uma chacota à obra criadora, redentora e santificadora de Deus. Sem dúvida o pecado é mais forte do que o crente, mas jamais o pecado é mais forte do que Deus no crente. O crente não está sozinho; ele é habitação do Espírito Santo e este provê livramento.
Olhemos para a abençoada experiência do salmista:
[1] Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. [2] Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; [3] ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam (Salmos 46.1–3).
O convertido é também socorrido. Desfrutemos de Deus como nosso socorro.
Rev. Misael. Publicado no Boletim 152, de 25/11/2012.