A noção superficial da soberania de Deus limita o conhecimento de sua bondade e misericórdia em seu governo. Como Criador, Ele estabelece domínio por meio de decretos:
“Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir” (Sl 33.9).
Um olhar distorcido sobre essa verdade pode levar a uma impressão de distanciamento impessoal. No entanto, precisamos entender que a realidade do governo soberano de Deus não se sustentaria sem sua ação ativa. Todas as coisas existem, vivem e se movem mediante sua soberania (cf. At 17.24-28). É maravilhoso que Deus manifeste em seu governo um caráter essencialmente justo e bom. O Salmo 118.1 exemplifica isso:
“Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”.
Essa conclusão é desenvolvida na experiência do salmista, que, em meio à dificuldade, invoca o Senhor e encontra uma profunda convicção de que não estava sozinho na tribulação. Além disso, a própria noção da presença soberana de Deus muda sua perspectiva diante das adversidades:
“Em meio à tribulação, invoquei o Senhor, e o Senhor me ouviu e me deu folga. O Senhor está comigo; não temerei. Que me poderá fazer o homem?” (Sl 118.5-6).
A bondade e a misericórdia de Deus não devem ser equiparadas aos nossos sentimentos e sentidos instáveis. Seu governo soberano deve impactar nossas emoções, movendo-nos à gratidão por sua misericórdia e, sobretudo, ao reconhecimento de seu caráter bondoso. Isso nos traz segurança e paz mesmo em meio às tribulações. Ouçamos o que Jesus nos diz:
“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).
Rev. Robson