Romanos 14.10 diz muito à igreja, nestes tempos de pandemia:
Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus.
O texto é útil diante do seguinte quadro: algumas igrejas retomam os cultos presenciais, outras estão reiniciando também as visitas, inclusive levando a Ceia do Senhor a quem não pode comparecer aos cultos. Ao mesmo tempo, há pessoas que ainda não se sentem prontas para retornar ou receber visitas pastorais.
Corremos risco de julgar mal aos cautelosos, talvez até de rotular tais cristãos como temerosos ou de “pouca fé”.
A instrução bíblica é para não julgar nosso irmão por conta de suas convicções, primeiro, porque somente Deus conhece a medida de fé em cada coração. Além disso, há motivos, do ponto de vista sanitário, para que alguns se sintam reticentes a
aglomerações, pelo menos no estágio atual de disseminação da COVID-19. Basta conferir os pedidos de oração publicados quase que diariamente, no grupo de WhatsApp da igreja.
O motivo principal, que nos impede de julgar uns aos outros, é o evangelho da graça. Deus acolhe crentes de opiniões distintas sobre assuntos indiferentes. Um assunto indiferente é aquele que não escandaliza a fé, nem interfere em nossa confessionalidade bíblica. A graça do evangelho nos move a acolher uns aos outros, com elevada consideração e respeito.
Rev. Misael.