João Calvino, aos 24 anos, brilhante humanista que dominava latim, grego e filosofia, estava “obstinadamente adicto às superstições do papado”, preso num “profundo abismo de lama”. Mas em 1533, “Deus, pela secreta orientação de Sua providência, deu direção diferente ao meu curso”. Calvino testemunhou:
Por conversão súbita, Deus subjugou e trouxe minha mente a um estado dócil, que estava mais endurecida do que seria de esperar de alguém tão jovem. Tendo recebido algum gosto da verdadeira piedade, fui imediatamente inflamado com intenso desejo de progredir.
Estando nós “mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2.5,8-9). Sola gratia, somente a graça. Como Calvino, você estava morto, não doente. Preso num abismo, não tropeçando. Endurecido, não resistente. Deus subjugou seu coração pela secreta orientação de Sua providência. A salvação não depende de inteligência, vontade ou esforço, mas unicamente da graça soberana.
1. Praefatio in Psalmos, 1557 – https://www.ccel.org/ccel/calvin/calcom08.vi.html
Abner da Silva Santana