Neste domingo nos reunimos em assembleia extraordinária para a eleição de diáconos, mordomos da casa do Senhor. Todos somos mordomos do Senhor no sentido de administrarmos tudo aquilo que temos para sua glória.
O Salmo 24.1-2 nos exorta de que “ao Senhor pertence toda a terra e tudo o que nela se contém”, e em conexão com o Salmo 15, somos advertidos de que habitarão com o Senhor para sempre aqueles que vivem neste mundo como bons administradores na plena segurança de que Deus nada deixará faltar aos seus zelosos servidores. Foi assim com José na casa de Potifar. A partir de sua lealdade na administração do patrimônio de seu senhor, nada lhe faltou, con tudo, ele sempre soube não ser dono de nada.
Somos administradores de Deus no tocante a tudo que temos. Nosso tempo, dons, dinheiro e trabalho são dádivas e devemos administrá-las não de maneira egoísta, mas na perspectiva espiritual, o que significa desfrutar de uma vida módica e socorrer os necessitados, o que convergirá na glória de Deus e produzirá pleno contentamento em nós (Mt 5.16; Ec 2.24-25).
Nós entramos no automático, queridos irmãos, e nos esquecemos que somos peregrinos nesta terra amaldiçoada pela Queda. Um peregrino não tem casa própria no lugar onde se encontra. Ele não tem bens naquele local, não tem terras, não tem carros, não tem moeda daquele local (ele precisa cambiar). Deus nos confia seus bens para que cuidemos deles para sua glória e não para que usurpemos o que a ele pertence. Neste sentido, se relacionar com tudo que Deus nos deu como se fosse nosso, apenas para o nosso deleite, é usurpar a propriedade e a glória que é de Deus! Tome isso como um princípio ético no relacionamento com o dinheiro e com o trabalho que Deus te deu e você terá menos dificuldade em, por exemplo, ser dizimista e ofertante.
Eu e você somos mordomos de Deus neste mundo; apenas mordomos.
Rogério Cruz (candidato ao ministério)