Deus interage com sua criação por meio de pactos. Ele firma pactos conosco, e o culto é a resposta requerida do homem nessa relação pactual. Na Escritura, toda relação de amor íntegro é explicada em termos de pacto ou aliança. Alguém ama e é correspondido; a resposta do amor é declarada em palavras e atos (Sl 18.1; 26.8; 116.1; cf. Sl 91.14). Os atos de amor são autodoação e cultivo da relação — o que chamamos de devoção. Sob este prisma, e guardadas as devidas proporções, a comunhão entre o Senhor e a igreja é ilustrada pelo casamento (Is 54.5; Jr 3.1,20; Os 2.16-23; Ef 5.31-32; Ap 19.1-8). Até o mandato missionário tem relação com o culto a Deus, pois cumprir a missão corresponde a buscar e congregar “adoradores” (Jo 4.23-24).
A Escritura revela sete momentos do culto ao Senhor, iniciando na criação do cosmos e culminando em sua consumação. Os atos de culto são implementados no contexto dos pactos da criação, redenção e graça. Há: (1) o culto antes da Queda; (2) o culto de Caim e Abel até os patriarcas; (3) o culto no Tabernáculo (a partir de Moisés); (4) o culto no Templo de Jerusalém (a partir de Davi e Salomão); (5) o culto na Sinagoga (a partir da dispersão judaica); (6) o culto cristão (a partir do Senhor Jesus Cristo e da igreja primitiva) e, por fim, (7) o culto da nova criação restaurada.
Deus é digno de ser cultuado em todas as etapas da História e por toda a eternidade. Somos convocados pela Escritura a adorar ao Senhor no culto público, como resposta aos pactos da criação, redenção e graça.
Trecho do curso O culto cristão na Bíblia e na história.
Rev. Misael