No monte Moriá, Abraão ergueu a faca sobre Isaque. Mas Deus proveu um substituto, um cordeiro preso pelos chifres. O pai pôde trazer seu filho de volta. Porém séculos depois, em outro monte, o cenário seria radicalmente diferente.
Paulo declara uma verdade devastadora: “Não há justo, nem um sequer” (Rm 3.10). A humanidade inteira jazia condenada. Não havia cordeiro substituto entre nós, nenhum homem justo que pudesse salvar outro. Por isso, Deus fez o que Abraão não precisou fazer: entregou seu próprio Filho. “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou, como não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8.32).
Cristo é o Isaque perfeito, o Filho amado, unigênito, prometido. Mas diferentemente de Isaque, não houve substituto. Jesus bebeu sozinho o cálice da ira divina para que pecadores pudessem viver. O Natal celebra a encarnação redentora: “nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei” (Gl 4.4-5).
Jesus Cristo não foi poupado para que você seja poupado. Renda-se hoje a este Salvador que o Pai entregou por amor.
Abner Santana