Se pudéssemos colocar todos os ídolos que nosso coração fabricou ao longo da vida em uma prateleira, teríamos uma exposição assustadora: deuses deformados, faltando cabeças, braços, olhos. Alguns sem forma alguma. Calvino tinha razão: nosso coração é uma “perpétua fábrica de ídolos”. Criamos substitutos de Deus a partir de relacionamentos, sucesso, aprovação, conforto ou religiosidade. Todos quebrados. Todos insuficientes.
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1Jo 5.21). “Os que confiam em ídolos e dizem às imagens de fundição: Vós sois nossos deuses, serão repelidos e cobertos de vergonha” (Is 42.17).
João nos adverte porque conhece nossa tendência. Mesmo após conversão genuína, nossa carne continua produzindo substitutos de Deus. A santificação é guerra constante contra esta fábrica interna. O Espírito Santo identifica cada ídolo – aquilo que você ama, teme ou obedece mais que a Deus.
A boa notícia? Cristo já venceu o poder do pecado. Ele opera em você tanto o querer quanto o realizar (Fp 2.13). Examine seu coração hoje. Que ídolo precisa ser quebrado? Confesse, arrependa-se e confie na graça transformadora que progressivamente o liberta.
Abner Santana