Pais se sentem naturalmente ansiosos pelo futuro dos filhos. Não dormem direito até saberem que eles chegaram bem, naquela viagem. Nutrem expectativas quanto ao casamento e carreira deles: Eles serão felizes? Terão filhos saudáveis? Serão bem-sucedidos? Desfrutarão de vida digna?
Deus, por sua vez, vedou nosso acesso aos fatos detalhados, acerca do futuro nosso ou de nossos queridos. Como cantamos no hino 105, A certeza do crente:
Não sei o que de mal ou bem é destinado a mim; Se maus ou áureos dias vêm, até da vida o fim.
Somente Deus conhece o que há de vir. Isso é tão radical que ele nos proíbe de consultar adivinhos: “Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus” (Lv 19.31). A razão do veto divino é simples: nós não damos conta de gerenciar o estresse do conhecimento pleno das demandas presentes; para nós seria insuportável lidar com o fardo das demandas futuras. Em outras palavras, pior do que não saber o futuro dos filhos, seria saber. Deus nos protege, emocional e espiritualmente, ao impedir que tenhamos conhecimento de minúcias inadministráveis do amanhã.
Deus nos configurou para lidar com os problemas de hoje, e somente com estes: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt 6.34, Almeida Revista e Corrigida). Ser pai cristão corresponde a depender de Deus para lidar com circunstâncias novas, relacionadas a nossos filhos, reveladas à conta-gotas, dia após dia. A bênção da caminhada é que Deus nos ampara na lida paterna: “Não se preocupem quanto ao que pode ou não acontecer amanhã. Quando depararem com uma situação difícil, Deus estará lá para ajudá-los” (Mt 6.34, Bíblia A Mensagem).
Pr. Misael.