Se existe algo que nos deixa inseguros, é a sensação de perda de controle. Alguns de nós encerraram 2019 frustrados pela sensação de que o controle da vida — dos relacionamentos, dos estudos, do trabalho, das finanças — foi perdido em algum momento do ano.
Talvez essa seja uma das razões de o início do ano ser tão promissor: ressurge a promessa de ganhar novamente o controle. Estabelecemos novos objetivos e sonhos, crendo que faremos diferente e que o futuro está em nossas mãos.
Está mesmo? É bom planejar e estipular metas, mas a ideia de controle pode ser não apenas ilusória, como idolátrica. Nós buscamos o controle porque queremos que a vida siga conforme o nosso desejo, a implementação do nosso reino.
Surge a narrativa bíblica: uma história melhor e mais verdadeira do que aquela que contamos a nós mesmos. Há apenas um Rei, que estabelece o seu reino. Os participantes do reino desfrutam de verdadeira alegria, descanso e paz, mas para experimentar isso, devem morrer para si mesmos; perder o controle de si.
Você já vivenciou a cena: quanto mais se apega a uma vontade, mais experimenta cansaço e frustração, e perde a alegria do relacionamento. A idolatria destrói o que amamos. Quando “perdemos o controle” no sentido bíblico encontramos vida e alegria. Desfrutamos do que desejamos sem nos tornar dependentes.
Estabeleça metas, mas ore “seja feita a tua vontade”.
Rev. Allen