Viajando esta semana, a placa de trânsito avisava: “Se beber não dirija”. Logo em seguida, outra advertência: “Não dirija usando o celular”. E ainda outra: “Crianças só no banco traseiro”. Pensei: o homem não gosta de limitações.
Adão e Eva ignoraram o limite imposto por Deus (Gn 2.16-17). Depois disso, no episódio de Babel, o Senhor já havia constatado que: “[…] agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer” (Gn 11.6). E desde então, o pecador vive para extrapolar os limites. Daí a conclusão de que o pecado é a usurpação dos limites estabelecidos por Deus para o bem do homem. Observe alguns exemplos do cotidiano: O limite do sexo é o casamento, mas o homem busca prazer fora da relação conjugal; o limite dos alimentos é a saúde do corpo, mas o homem se torna um glutão ou faz greve de fome; o limite da língua é a boa comunicação, mas o homem se torna maledicente; o limite do trabalho é a satisfação das necessidades básicas, mas o homem se devota a ele como um servo ao seu senhor; o limite da religião é o relacionamento saudável com Deus, mas o homem faz dela um meio para ser adorado.
A lei foi dada para limitar a ânsia do pecador em eleger os seus próprios limites e, sendo observada, culminava em bênçãos (Dt 28.1-14). Em razão do pecado, o homem recebe o castigo por ultrapassar os limites legais (Dt 28.15-68). Pense no uso do celular ao volante: Deus permite que o homem desenvolva o mandato cultural produzindo tecnologia para melhorar a dinâmica da vida, mas o homem abusa dessa dádiva, ignora os limites, pecando e dirigindo com o celular ao volante. O castigo é a própria vida. Sendo assim: uma vida sem limites não tem sentido algum!
E você, que limites têm desrespeitado? Em Jesus, Deus nos alcança para restaurar os limites que insistimos em desobedecer. Jesus limitou Satanás (Mt 12.29) para que, agora, unidos a ele e no poder do Espírito, respeitemos aos limites e desfrutemos das bênçãos ilimitadas de Deus.
“Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” (Ap 5.13). E digam comigo: Amém!
Rogério Cruz