Hebreus 2.14-15 revela que, na morte de Cristo, Deus venceu a morte. Isso quer dizer que, enquanto José de Arimateia prestava serviço ao seu Senhor “morto” (cf. Mc 15.42-47), Deus estava derrotando o diabo e a morte e assegurando nossa liberdade. Ao se deixar golpear pelo diabo, Cristo venceu o diabo e libertou seu povo (cumprindo Gn 3.15).
Quando John Owen meditou sobre a obra de Jesus, escreveu um livro intitulado A Morte da Morte na Morte de Cristo. Naquele dia, há dois mil anos, Deus realizou grande coisa. Quando parecia que o mal triunfara e que a morte era a realidade suprema e absoluta, Deus deu o golpe final no domínio de Satanás e quebrou nossos grilhões espirituais; a partir de uma derrota aparente, Deus fez raiar um novo dia.
Para o cristão a vida é sim, complicada, mas (1) os desafios são enfrentados, com a certeza de que Deus age no palco central e nos bastidores da História. (2) As frustrações são entregues a Deus e a caminhada de fé continua, mesmo em meio a eventos desconcertantes. (3) A morte deixa de ser um mistério; finaliza apenas uma etapa do propósito maravilhoso de Deus. A morte continua sendo invasiva, mas não nos pega mais “de surpresa”; estamos prontos para enfrentá-la. De fato, a morte perde todo o seu poder de amedrontar; Deus se encontra depois dela; desfrutaremos de comunhão deliciosa e aperfeiçoada com ele, após a morte. A eternidade e o desfrute completo da salvação estão disponíveis a partir dela, desde que creiamos em Cristo e caminhemos com ele no discipulado (Jo 14.1-3; Rm 14.8; Fp 1.21-23).
Pr. Misael.