O profeta Jeremias escreveu uma carta “ao resto dos anciãos do cativeiro, como também aos sacerdotes, aos profetas e a todo o povo que Nabucodonosor havia deportado de Jerusalém para a Babilônia” (Jr 29.1). A carta esclareceu que Judá teria de sofrer por um tempo, cumprindo a disciplina do Senhor, por conta de sua teimosia (Jr 29.15-32). Por outro lado, Deus jamais abandonaria seu povo; o período do exílio seria também de busca e comunhão com Deus e desfrute de bênçãos pactuais (Jr 29.5-14).
Deus continuaria abençoando a vida comum. Na Babilônia os judeus edificariam casas, plantariam pomares, se casariam, teriam filhos e orariam pelo bem das cidades para onde fossem desterrados (Jr 29.5-7). Ao contrário do que diziam os profetas falsos, o exílio demoraria 70 anos; por conseguinte, a vida não devia parar (Jr 29.8-10).
Em segundo lugar, Deus continuaria sendo achado por seu povo, ou seja, o objetivo da disciplina bíblica seria cumprido: os crentes buscariam a Deus e, por conseguinte, seriam nutridos e ajudados durante o cativeiro (Jr 29.12-13). Isso seria assim porque a disciplina sob Babilônia constava no plano divino de ministrar verdadeira paz espiritual aos judeus, dela privados anteriormente, por idolatria e rebeldia (Jr 29.11,19).
Duas doutrinas saltam aos olhos, a da soberania de Deus e da preservação de um remanescente crente no mundo. Deus é soberano sobre nações (governos e regimes políticos) e exílios (efeitos de tais governos para seu povo). Ainda que pareça que o povo de Deus foi esmagado, Deus sempre preserva alguns, ou seja, a igreja de Jesus Cristo jamais será destruída (1Rs 19.14-15,18; Ap 11.3-14).
Uma vez que isso é assim, podemos afirmar que o Brasil é do Senhor Jesus Cristo, seja qual for o resultado das eleições. Deus reina (Sl 103.19). E cuida de nós (Sl 23).
Pr. Misael.