O que vem à mente quando pensamos sobre missões? Talvez imagens sobre povos na África, aborígenes na Austrália, Muçulmanos no Oriente Médio e, se formos um pouco mais modernos, secularizados na Europa.
Naturalmente pensamos sobre missão como algo distante e destacado para uns poucos corajosos (ou malucos) que decidiram abrir mão da vida para servir a Deus. Mas não é essa a condição de cada cristão? O crente não é alguém que, por definição, decidiu abrir mão da vida (tomou a sua cruz) para servir a Deus (seguir a Cristo)?
E o que dizer do campo missionário? Certamente há grandes desafios em culturas distantes, mas quando observamos nossos vizinhos e colegas de trabalho ou faculdade, não são estes “pessoas não alcançadas”, ora dominados pelo misticismo, ora por outros ídolos do ocidente contemporâneo?
O chamado para fazer missões é uma comissão a toda a igreja. Esse chamado envolve “o outro lado do mundo e o outro lado da rua”, como gosta de falar o Rev. Elias Medeiros. E no meio desse chamado encontramos, para além dos adultos, as crianças.
É mais fácil falar a adultos, porque não precisamos adaptar a linguagem, temos melhor garantia de que fomos entendidos, e podemos ver os resultados mais imediatos do trabalho missionário. Quanto a uma criança, quem saberá dizer o que ela captou do que anunciamos? Quanto esforço teremos que fazer para afirmar as verdades bíblicas em uma linguagem inteligível? E que resultados podemos esperar de alguém que ainda não tem uma vida independente?
Com todas essas limitações, a Escritura nos lembra que as crianças são alvo do nosso discipulado (Dt 6.1-9); são parte da atenção de Deus na aliança (At 2.39); e são desejadas por Jesus (Mc 10.13-16).
Fazer missões é anunciar a alegria eterna proposta em Deus para os pecadores arrependidos que crêem em Jesus. Sejam eles orientais ou ocidentais, adultos ou crianças.
Rev. Allen