Ó morte, vilã das vilãs, ceifadora de sonhos, semeadora de lágrimas, abjeta inimiga humana com fome insaciável, parasita que subsiste do pecado humano (1Co 15.56), os teus dias já foram pesados. Se hoje te mostras impetuosa e invencível a nós humanos, hás de ser destronada e lançada em um lago de fogo e enxofre (Ap 20.14). Passarás a eternidade na companhia do diabo, da besta, do falso profeta, do inferno e de todos os seus adoradores (Ap 20.10,14-15), e juntamente com todos aqueles que amei, e que foram arrancados de mim por você e sua súcia de malfeitores, estaremos presentes ao lado de Jesus Cristo para aplaudir a tua derrota, pois nele temos a vitória (1Co 15.57). Como diz o hino:
Quando lá do céu descendo, para os seus Jesus voltar,
E o clarim de Deus a todos proclamar
Que chegou o grande dia da vitória do meu Rei,
Eu, por sua imensa graça, lá estarei!¹
És objeto de ódio, ó morte! Tua derrota já fora anunciada na ressurreição de meu Senhor que foi posto acima de você, “donzela das trevas”, expondo-a ao desprezo (Ef 1.20-21; Cl 2.15). Estou ansioso por aquele dia em que serei vingado pelo sofrimento que me tens causado. As lágrimas de hoje de todos os crentes que são por você mutilados, ó “impiedosa estranha”, transformar-se-ão em brasas de fogo a atormentar-te pelos séculos dos séculos. Seremos fartos de justiça naquele dia (Mt 5.6)!
Querido irmão, se a morte lançou seus tentáculos sobre a vida de seus amados, lamente sim por aqueles que em Cristo ela tragou, mas não faça isso sem a esperança (1Ts 4.13) de que no retorno de Jesus Cristo, esses mesmos amados ressuscitarão incorruptíveis (1Co 15.23,52), e juntamente com você, triunfarão sobre ela, nosso último inimigo a ser vencido (1Co 15.26).
Espera ó morte, porque há de chegar o teu dia!
Rogério Cruz.
1) Hino 297 “A Chamada Final”.