No 2º século, a Igreja Cristã teve de lutar contra ideias esquisitas sobre a pessoa de Jesus Cristo. Vejamos um resumo.
Primeiro, negava-se a divindade de Jesus Cristo. No ebionismo ou “movimento dos pobres” (evyonim, em hebraico), composto de cristãos de origem judaica, ensinava-se que Jesus não é Deus, mas um simples homem, filho de José e Maria, que recebeu poderes sobrenaturais ao ser batizado. O adocianismo declarava que Jesus era um homem virtuoso com quem o Espírito de Deus se uniu, e que se tornou divino pela “adoção”, no momento de sua ressurreição. O arianismo (doutrina proposta por Ário de Alexandria) reconhecia Jesus como criatura exaltada sobre anjos e homens, dotada de poder criador. Apesar de possuir tais qualidades, de acordo com Ário, Jesus não é Deus.
Segundo, surgiu confusão sobre a união e distinção das naturezas humana e divina de Jesus Cristo. No apolinarismo (Apolinário de Laodiceia), a parte humana de Jesus possuía corpo e alma animal, mas não um espírito racional ou mente. O Logos divino tomava o lugar da inteligência humana. Para o nestorianismo (Nestório de Constantinopla), as naturezas humana e divina de Cristo não eram unidas. O eutiquianismo (Eutiques), por sua vez, ensinava que não havia duas, mas apenas uma natureza em Cristo.
Estas ideias estranhas não correspondem a Jesus Cristo, tal como revelado na Bíblia. Quando alguém fala algo acerca da pessoa e obra de Cristo, nós temos de comparar o que é dito com a verdade clara, simples e sólida da Palavra de Deus.
Pr. Misael.